sexta-feira, 21 de agosto de 2015

MMTU/SC solicita Audiência para debater o PLC 0025.5/2015







Documento protocolado na Comissão de Constituição e Justiça 

da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.




Florianópolis, 20 de agosto de 2015

Aos Deputados Estaduais,
Membros da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Santa Catarina,

Senhores Deputados e Senhora Deputada,

É com profundo pesar, que tomamos conhecimento do Projeto de Lei Complementar 0025.5/2015, que dispõe sobre o modelo de gestão e a estrutura organizacional da Administração Pública Estadual, e estabelece outras providências. O referido projeto tem o objetivo de deslocar da Secretaria de Estado da Casa Civil as coordenadorias: da promoção da igualdade racial, das mulheres, do idoso, juventude e diretoria de direitos humanos, para a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação.
Reconhecemos que os avanços que tivemos com as políticas públicas para as mulheres junto ao governo federal, nos últimos anos, só foram possíveis em virtude da articulação e do trabalho transversal entre os Ministérios para a implementação das propostas da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Secretaria esta com status de Ministério, orçamento próprio e autonomia para construir as políticas que favorecem mais da metade da população brasileira.
O Governo do Estado de Santa Catarina, nos último anos, tem debatido junto aos Movimentos de Mulheres, Sindicatos e instâncias de mulheres em partidos políticos, através da Coordenadoria da Mulher. O que possibilitou a construção de ações importantes em conjunto com entidades representativas da sociedade e instituições como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Prefeituras, Câmaras de Vereadores.
Quando o Movimento de Mulheres apresentou ao então Governador Luiz Henrique da Silveira a solicitação para a efetivação de um organismo governamental de políticas para as mulheres, foi com o objetivo de potencializar as ações do poder público para reverter o quadro de desigualdades, persistentes na estrutura da sociedade catarinense. Nossa vontade naquele momento era que se efetivasse a Secretaria de Políticas para as Mulheres, com orçamento próprio e estrutura para desenvolver seus propósitos.
Desde a criação da Coordenadoria em 2006, em todos os espaços onde atuamos, temos pautado a necessidade desta estrutura dentro do Governo. Se observarmos  o Relatório Final das Conferências Estaduais de Políticas para as Mulheres, os debates no Conselho Estadual de Direitos da Mulher, Audiências Públicas sobre a questão das mulheres, o relatório da CPMI do congresso Nacional que investigou a implementação da Lei Maria da Penha, as Cartas de Reivindicações dos Movimentos de Mulheres ao Governo de Santa Catarina, estará registrado a nossa vontade e a urgente necessidade de uma Secretaria.
Resgatando a história dentro desta Casa Legislativa, aconteceu em 12 de dezembro de 2014 uma Audiência Pública, solicitada pela então Deputada Estadual Ângela Albino e Presidente da Comissão de Legislação Participativa, que teve como encaminhamentos:  
A elaboração de uma Moção pela criação da Secretaria Estadual dos Direitos da Mulher a ser encaminhada ao governador foi uma das resoluções da noite. A Comissão de Legislação Participativa também ficou responsável por elaborar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para a criação da Secretaria Estadual dos Direitos da Mulher. Ficou, ainda, a cargo da bancada feminina da Alesc requerer uma audiência com o governador para reivindicar a criação da Secretaria Estadual dos Direitos da Mulher, e que a mesma bancada e as bancadas dos partidos encampe uma ampla campanha publicitária na mídia e nas redes sociais pela criação da secretaria” (matéria amplamente divulgadapelo site oficial da ALESC).

Dentre todas as falas daquela Audiência, ressaltamos a afirmação da Deputada Angela Albino, na matéria acima citada:
“A criação da Coordenadoria Estadual da Mulher foi fruto do debate e da luta das mulheres e dos movimentos feministas, mas é preciso conquistar um espaço estrutural maior, com aumento orçamentário, estrutura administrativa com pessoas qualificadas para desempenhar este trabalho de implantação da Secretaria Estadual de Política para as Mulheres em Santa Catarina”.

Por tudo aqui exposto, nós mulheres militantes no Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas de Santa Catarina, solicitamos a esta Comissão que realize Audiência Publica com o objetivo de ouvir a sociedade a respeito do PLC 0025.5/2015.

Sem mais, agradecemos antecipadamente a atenção e ficamos no aguardo de uma resposta.


Coordenação:

Celina Rinaldi 
Janeth Anne de Almeida
Juci Mara Tomas
Marli Leandro 
Schirlei Azevedo

Nenhum comentário:

I Turma de PLPs formada pelo MMTU/SC